Petróleo
O petróleo, óleo de pedra, é uma mistura de hidrocarbonetos, rica em alcanos. O petróleo é conhecido há milhares de anos nas regiões onde aflorava espontaneamente para a superfície. Pelas suas propriedades era usado pelos povos antigos do Oriente Médio para calafetar construções, como lubrificante e como combustível para aplicações diversas. Alguns usavam o óleo até para aplicações medicinais.
Hoje o petróleo responde por quase a metade de toda a energia gerada no mundo. Sem ele as usinas termoelétricas parariam de funcionar, deixando cidades às escuras. Veículos terrestres, navios e aviões ficariam parados, indústrias não produziriam nada e os habitantes dos países frios congelariam no inverno, sem o combustível da calefação doméstica.

O Combustível de Mil e Uma Utilidades
Fisicamente, o petróleo é uma mistura de compostos de diferentes pontos de ebulição. Esses componentes dividem-se em grupos, ou frações, delimitados por seu ponto de ebulição. Os intervalos de temperatura e a composição de cada fração variam com o tipo de petróleo. As frações cujo ponto de ebulição é inferior a 200° C, entre eles a gasolina, costumam receber o nome genérico de benzinas. A partir do mais baixo ponto de ebulição, de 20° C, até o mais alto, de 400° C, tem-se, pela ordem: éter de petróleo, benzina, nafta ou ligroína, gasolina, querosene, gasóleo (óleo diesel), óleos lubrificantes. Com os resíduos da destilação produz-se asfalto, piche, coque, parafina e vaselina.

O Petróleo existe na Terra nos estados sólido, líquido e gasoso - mas só o líquido tem merecido o direito ao uso do nome e o reconhecimento como grande benfeitor da humanidade (embora o gás já esteja ameaçando tomar-lhe a dianteira). Era conhecido e usado pelos povos mais antigos, sobretudo na forma de betume, que servia para muitas coisas, entre as quais construir estradas e calafetar embarcações. Ganhou importância no mundo moderno quando substituiu o óleo de baleia na iluminação pública das cidades européias. Até então, aproveitava-se o petróleo que aflorava espontaneamente à flor da terra; o primeiro poço perfurado para extraí-lo foi obra do americano Edwin L. Drake, em Titusville, Pensilvânia, nos Estados Unidos, em 1859. Logo ele estava sendo extraído em toda parte - e a invenção do automóvel elevou-o à condição de mais importante fonte de energia da sociedade moderna.
Mas o petróleo serve para muito mais coisas do que simplesmente produzir gasolina. Refinado, ele se transforma também em querosene, óleo diesel, óleo lubrificante, solventes, tintas, asfalto, plásticos, borracha sintética, fibras, produtos de limpeza, gelatinas, remédios, explosivos e fertilizantes. Ao longo da História, produziu também incontáveis guerras, invasões, disputas territoriais, golpes de Estado, revoluções, cismas políticos. O Oriente Médio, os Estados Unidos e os territórios da antiga União Soviética são os maiores produtores - e os dois últimos igualmente os maiores consumidores.

Parentes próximos, mas inaproveitáveis
Além do petróleo convencional, disponível em campos que podem ser explorados pela simples perfuração de poços, há outros tipos que dependem de estudos, pesquisas e desenvolvimento tecnológico para serem utilizados. Por exemplo, o petróleo extrapesado do cinturão do Orinoco, na Venezuela, as areias de alcatrão de Athabasca, no oeste do Canadá, e os reservatórios de petróleo gelado e viscoso do Declive Norte do Alasca. O óleo da argila xistosa também é um recurso potencial, embora ainda não possa ser considerado verdadeiro petróleo - é uma rocha sedimentária rica em substâncias orgânicas que ainda não "ficou no forno" o tempo suficiente para chegar ao ponto. Podemos aquecê-la num forno de verdade e acelerar o processo, mas custaria quase três vezes mais do que a exploração de poços comuns. Uma coisa é certa: esses recursos não convencionais poderão se tornar importantes, no futuro, mas continuam cercados por incertezas econômicas e científicas. O mais certo é acreditar que eles jamais chegarão a ser aproveitados em larga escala.

Tecnologia
As características físicas e químicas do óleo cru, juntamente com a localização e a extensão das jazidas, são os principais fatores na determinação de seu valor como matéria-prima. O petróleo jaz oculto no fundo da terra, e nenhuma de suas propriedades físicas ou químicas permite detectá-lo com certeza da superfície. Técnicas geológicas, geofísicas e geoquímicas desenvolvidas para a exploração não fornecem prognósticos precisos sobre a existência de petróleo em determinada área e, quando muito, dão uma indicação de boas possibilidades de encontrá-lo.
Até o início do século XX, a exploração consistiu em detectar indícios de petróleo na superfície terrestre. Perfuravam-se então poços em locais de exsudações e afloramentos, ou a sua volta. A prospecção científica desenvolveu-se no começo do século XX, quando os geólogos começaram a mapear as características terrestres indicadoras de sítios favoráveis à perfuração.
Particularmente reveladores eram os afloramentos que indicavam a existência de rochas sedimentares porosas e impermeáveis alternadas. A rocha porosa (arenitos, calcários ou dolomitas) serve de reservatório para o petróleo, que nela pode migrar, sob uma diferença de pressão, através de interstícios e fendas, até o ponto de escapamento, ou seja, até o poço perfurado. As rochas impermeáveis (argila, folhelho), impedem o óleo de migrar do reservatório. No início da década de 1920, começou a exploração de subsuperfície, acompanhada da análise de sondagem (amostras retiradas do poço perfurado por sondas).

Prospecção - A partir da década de 1950, a pesquisa do petróleo começou a ser feita com técnicas geofísicas - gravimétricas, magnetométricas e sísmicas - que permitem mapear as estruturas de subsuperfície. O gravímetro é um instrumento sensível que mede as variações da força de gravidade provocadas, entre outros fatores, pelas diferenças de densidade das rochas. Rochas densas, quando próximas da superfície, aumentam a atração da gravidade, o que não ocorre com as rochas sedimentares, que são porosas. A técnica magnetométrica utiliza as variações do campo magnético da Terra, causadas pela existência de corpos magnéticos sob a superfície. As rochas plutônicas, que em geral contêm mais magnetita, aumentam as leituras do magnetômetro e, assim, pode-se verificar a profundidade das rochas.
Embora mais dispendiosos e complexos, os métodos sísmicos são mais precisos. Baseiam-se no fato de que ondas de choque provocadas por fontes artificiais de energia, descrevendo uma trajetória descendente, são refletidas ou refratadas pelas superfícies de contato entre as camadas. Ao retornarem à superfície, as ondas de choque são registradas por geofones (sensíveis aos ruídos subterrâneos), localizados em diferentes pontos das linhas que irradiam da fonte de energia. De acordo com o princípio de refração, as ondas de choque que atingem a superfície de contato ("horizonte") com pequeno grau de inclinação podem ser contidas e prosseguem ao longo da camada. Se a camada de rocha for particularmente densa, as ondas não serão completamente amortecidas e poderão ser observadas a vários quilômetros da fonte de energia.
A reflexão é a técnica preferida na exploração sísmica. Requer fontes de menor intensidade e menores distâncias para a instalação de geofones, pois as ondas de choque que formam um grande ângulo de incidência com a camada de rocha são refletidas para a superfície mais próxima da fonte. Tanto os meios permeáveis quanto os densos refletem as ondas de choque e fornecem, além disso, informações sobre os "horizontes" intermediários.
Métodos geoquímicos de superfície são utilizados na tentativa de descobrir a presença de acumulações de hidrocarbonetos em subsuperfície. Nesses métodos se usam análises geoquímicas a fim de detectar a presença de anomalias de hidrocarbonetos gasosos no solo, na água ou no ar. Também podem ser empregadas análises do solo a fim de localizar concentrações de bactérias que se alimentam de hidrocarbonetos gasosos provenientes das jazidas da profundidade.
Apesar dessas modernas técnicas de exploração, o único meio de se ter certeza absoluta da existência de petróleo ainda é a perfuração. Por economia de tempo e de capital, costuma-se perfurar primeiro um poço para colher informações. Análises de fragmentos das rochas colhidas revelam características físicas e químicas e são examinados por paleontólogos, que estabelecem a correlação entre os horizontes geológicos, mediante a análise de microfósseis. As jazidas ocorrem de preferência em áreas de espessos depósitos sedimentares, predominantemente de origem marinha, que sofreram deformações brandas. Nas áreas pré-cambrianas, onde predominam rochas metamórficas e ígneas, é praticamente impossível existir petróleo.

Tipos - O petróleo consiste basicamente em compostos de apenas dois elementos que, no entanto, formam grande variedade de complexas estruturas moleculares. Independentemente das variações físicas ou químicas, quase todos os petróleos variam de 82 a 87% de carbono em peso e 12 a 15% de hidrogênio. Os asfaltos mais viscosos geralmente variam de 80 a 85% de carbono e de 8 a 15% de hidrogênio.
O óleo cru pode ser agrupado em três séries químicas básicas: parafínicas, naftênicas e aromáticas. A maioria dos óleos crus compõe-se de misturas dessas três séries em proporções variáveis, e amostras de petróleo retiradas de dois diferentes reservatórios não serão completamente idênticas.
As séries parafínicas de hidrocarbonetos, também chamadas de série metano (CH4), compreendem os hidrocarbonetos mais comuns entre os óleos crus. É uma série saturada de cadeia aberta com a fórmula geral CnH2n+2, na qual C é o carbono, H é o hidrogênio e n um número inteiro. As parafinas, líquidas a temperatura normal e que entram em ebulição entre 40o e 200o C, são os constituintes principais da gasolina. Os resíduos obtidos pelo refino de parafinas de baixa densidade são ceras parafínicas plásticas e sólidas.
A série naftênica, que tem fórmula geral CnH2n, é uma série cíclica saturada. Constitui uma parte importante de todos os produtos líquidos de refinaria, mas forma também a maioria dos resíduos complexos das faixas de pontos de ebulição mais elevados. Por essa razão, a série é geralmente de maior densidade. O resíduo do processo de refino é um asfalto, e os petróleos nos quais essa série predomina são chamados óleos de base asfáltica.
A série aromática, de fórmula geral CnH2n-6, é uma série cíclica não-saturada. Seu membro mais comum, o benzeno (C6H6), está presente em todos os óleos crus, mas como uma série os aromáticos geralmente constituem somente uma pequena porcentagem da maioria dos óleos.
Além desse número praticamente infinito de hidrocarbonetos que formam o óleo cru, geralmente estão presentes enxofre, nitrogênio e oxigênio em quantidades pequenas mas muito importantes. Muitos elementos metálicos são encontrados no óleo cru, inclusive a maioria daqueles encontrados na água do mar, como vanádio e níquel. O óleo cru pode também conter pequenas quantidades de restos de material orgânico, como fragmentos de esqueletos silicosos, madeira, esporos, resina, carvão e vários outros remanescentes de vida pretérita.

Perfuração - Associado ao gás e à água nos poros da rocha, em geral o petróleo acha-se submetido a grandes pressões, de modo que a perfuração de um poço faz com que o óleo e o gás sejam impulsionados através do poço pela energia natural do reservatório. Como o gás natural que geralmente acompanha o óleo está sob forte compressão, freqüentemente fornece energia suficiente para mover o óleo das camadas porosas até as paredes do poço e, por vezes, até a superfície. Se as pressões forem insuficientes, é necessário o bombeamento para a produção de óleo.
As perfurações mais modernas são feitas por sondas rotativas, com brocas de aço de alta dureza e de diferentes tipos e diâmetros, dependentes do diâmetro do poço e da natureza da rocha que devem penetrar. Nesse processo, tem grande importância a injeção de um fluido especial, composto de argila montmorilonítica e sulfato de bário. Injetada por bomba no interior da haste rotativa de perfuração, ao retornar à superfície ela vem misturada a detritos constituídos de fragmentos das rochas atravessadas pela broca e que permitem sua análise. Além disso, esse fluido serve para lubrificar e resfriar a broca, remover os detritos formados durante a perfuração e impedir o escapamento intempestivo de gases ou óleo sob alta pressão, que pode provocar incêndios.

Transporte - Como a extração do petróleo ocorre muitas vezes em áreas distantes dos centros de consumo, seu transporte para refinarias e mercados exige sistemas complexos e especializados, como oleodutos, navios petroleiros, caminhões ou vagões-tanques. Quando se trata de longas distâncias, o meio mais barato é o navio petroleiro, cujo agigantamento tem contribuído para a redução dos custos de transporte. No transporte por terra de grandes quantidades de petróleo, os custos mais baixos se obtêm pelo uso de oleodutos, tubulações que, mediante bombeamento, levam o produto às refinarias.

Refinação - A função das refinarias consiste em dividir o óleo cru em frações (grupos) delimitadas pelo ponto de ebulição de seus componentes, e em seguida reduzir essas frações a seus diversos produtos. Quando possível, os processos de refinação são adaptados à demanda dos consumidores. Assim é que no final do século XIX, quando o querosene de iluminação era muito utilizado, as refinarias dos Estados Unidos extraíam do óleo cru até setenta por cento de querosene. Depois, quando a gasolina passou a ser o subproduto mais procurado, começou a ser retirada do óleo cru nessa porcentagem. Mais tarde, o querosene voltou a encontrar larga aplicação como combustível para aviões a jato. As refinarias localizam-se muitas vezes junto às fontes produtoras, mas também podem situar-se em pontos de transbordo ou perto dos mercados de consumo, que oferecem a vantagem da redução de custo, pois é mais econômico transportar petróleo bruto por oleodutos do que, por outros meios, quantidades menores de seus derivados.
Na refinaria, o óleo cru e os produtos semifinais e finais são continuamente aquecidos, resfriados, postos em contato com matérias não-orgânicas, vaporizados, condensados, agitados, destilados sob pressão e submetidos à polimerização (união de várias moléculas idênticas para formar uma nova molécula mais pesada) sem intervenção humana. Os processos de refino podem ser divididos em três classes: separação física, alteração química e purificação.

Separação física - A destilação, a extração de solventes, a cristalização por resfriamento, a filtração e a absorção estão compreendidas nos processos de separação física. A destilação é realizada em estruturas altas e cilíndricas chamadas torres. Depois de bombeado para os tubos de um alambique, onde é aquecido até vaporizar-se (exceto em sua porção mais pesada), o óleo cru é dispersado para uma coluna de destilação de um vaporizador localizado acima da base. Um gradiente térmico é estabelecido através da torre, de tal modo que a temperatura é mais alta na base e mais baixa no topo. Os vapores ascendentes condensam-se à medida que sobem pela torre, e os líquidos condensados juntam-se a espaços predeterminados, de onde são recolhidos. Os componentes cujo ponto de ebulição é semelhante ao da gasolina condensam-se quase no topo da torre; o querosene, logo abaixo; o óleo diesel, no meio da coluna; o resíduo, na base. Cada um desses fluxos passa então a novo estágio de processamento. Por redestilação a vácuo, o resíduo é dividido em óleos lubrificantes leves ou pesados e em combustível residual ou material asfáltico.

Alteração química - Os processos dessa classe de refino podem ter um dos seguintes objetivos: decompor, ou craquear (do inglês to crack, quebrar), grandes moléculas de hidrocarbonetos em outras menores; polimerizar ou unir pequenas moléculas de uma substância para formar outras maiores; e reorganizar a estrutura molecular. O craqueamento do óleo cru é historicamente o mais importante. No século XIX era utilizado para duplicar a quantidade de querosene que se extraía do petróleo. Com o advento do automóvel, aumentou a demanda da gasolina, e o craqueamento passou a ser usado como meio de elevar a produção desse combustível. Pelo processo de Burton, aquece-se a matéria-prima a cerca de 500o C sob pressão e obtém-se gasolina. Descobriu-se depois que a gasolina assim obtida era de melhor qualidade. A seguir foi descoberto o craqueamento catalítico, pelo qual catalisadores como a alumina, a bentonita e a sílica facilitam o rompimento das moléculas.
A polimerização é o contrário do craqueamento. Consiste na combinação de moléculas menores em moléculas de hidrocarbonetos mais pesados, visando sobretudo à obtenção de gasolina. O primeiro processo de polimerização utilizava como matérias-primas hidrocarbonetos gasosos não-saturados, principalmente o propileno e o butileno. Outro processo de polimerização, a alquilação, combina essas duas matérias-primas com o isobutano, hidrocarboneto gasoso saturado. A alquilação contribuiu grandemente para a produção de gasolina para aviação.
O terceiro tipo de processo químico é aquele que altera a estrutura das moléculas de hidrocarbonetos, a fim de aumentar o poder de combustão do produto. Em meados do século XX, as pesquisas orientaram-se, principalmente nos Estados Unidos, para apurar a qualidade da gasolina, o que foi conseguido não só com o desenvolvimento de novos processos de refinação, mas também com a introdução de um aditivo, o chumbo tetraetila. Mais tarde, porém, os compostos de chumbo foram retirados da mistura em muitos países por serem altamente poluentes.

Purificação - A terceira classe de processos de refinação compreende aqueles que purificam os produtos. Há no óleo cru muitos elementos não hidrocarbonados, principalmente enxofre, que lhe conferem propriedades indesejáveis. Vários processos foram criados para neutralizá-los ou removê-los. Por meio da hidrogenação -processo desenvolvido por técnicos alemães para a transformação do carvão em gasolina - as frações do petróleo são submetidas a altas pressões de hidrogênio e a temperaturas entre 26o e 538o C, em presença de catalisadores.
Distribuição - A maioria dos produtos derivados do petróleo é constituída de líquidos, na maior parte das condições estáveis, que podem ser acondicionados em tanques e bombeados de um lugar para outro. Os produtos que apresentam maiores dificuldades de manuseio são os que se encontram nas extremidades da escala de ponto de ebulição: gases, graxas, combustíveis pesados, parafinas e asfaltos. O gás liquefeito de petróleo (GLP) tem de ser armazenado e transportado sob pressão e normalmente distribuído ao consumidor em cilindros. Graxas e alguns óleos lubrificantes são acondicionados em barris e latas. Combustíveis pesados e asfaltos, que se solidificam à temperatura ambiente, têm de ser armazenados e distribuídos em recipientes aquecidos ou isolados.

Reservas mundiais - Embora os derivados do petróleo sejam consumidos no mundo inteiro, o óleo cru só é produzido comercialmente num número relativamente diminuto de lugares, e muitas vezes em áreas de deserto, pântanos e plataformas submarinas. O volume total de petróleo ainda não descoberto em terra e na plataforma continental é desconhecido, mas a indústria petrolífera desenvolveu o conceito de "reserva provada" para designar o volume de óleo e gás que se sabe existir e cuja extração é compensadora, considerados os custos e os métodos conhecidos. Conforme relatório das Nações Unidas (Ocean Oil Weekly Report, de 7 de fevereiro de 1994), que toma como base a produção média de 1991, o estoque mundial de óleo estaria esgotado em 75 anos. Das reservas atuais, 65% estão no Oriente Médio. Segundo o relatório, o volume de óleo remanescente na Terra é de 1,65 trilhões de barris, constituídos de 976,5 bilhões de barris de óleo de reserva provada e de 674 bilhões de barris de óleo. (O barril, medida habitual dos óleos, contém 159 litros. A densidade do petróleo é variável, com valor médio de 0,81, o que significa 129 quilos por barril. Um metro cúbico contém 6,3 barris, e uma tonelada, 7,5 barris).
Presume-se que ainda existam por serem descobertos cerca de 800 a 900 bilhões de barris de petróleo no mundo. No Oriente Médio, a maior parte do óleo descoberto e por descobrir encontra-se sob a terra, mas no restante do mundo o óleo potencial deverá ser encontrado na plataforma continental. (A Petrobrás e a Shell são os líderes mundiais em exploração e produção em águas profundas.) Atividades de exploração e produção estão sendo desenvolvidas nas plataformas do Brasil, golfo do México, Noruega, Reino Unido, Califórnia, Nigéria e, em menor escala, China, Filipinas e Índia. São de especial interesse os mares semi-fechados marginais, como mar do Norte, golfo Pérsico, mar da Irlanda, baía de Hudson, mar Negro, mar Cáspio, mar Vermelho e mar Adriático, que apresentam cortes sedimentares adequados e lâminas d'água relativamente pequenas.

O petróleo move a economia enquanto destrói o mundo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

GASOLINA




*** O QUE É GASOLINA? ***

É conhecida como um hidrocarboneto alifático. Em outras palavras, ela é feita de moléculas compostas por nada mais que hidrogênio e carbonos dispostos em cadeias. As moléculas de gasolina têm de 7 a 11 carbonos em cada cadeia.
***TIPOS DE GASOLINA***

São definidos e especificados, atualmente, pelo DNC – Departamento Nacional de Combustíveis quatro tipos de gasolina para uso em automóveis, embarcações aquáticas, motos e etc.: Tipo A, Tipo A premium, Tipo C e tipo C premium.
· Gasolina tipo A - produzida pelas refinarias, isenta de álcool.
· Gasolina tipo A-Premium - produzida pelas refinarias com formulação especial que fornece ao produto maior resistência à detonação. Também isenta de álcool.
· Gasolina tipo Ccombustível disponível no mercado. É preparado pelas companhias distribuidoras com a adição de álcool etílico anidro à gasolina do tipo A comum.
· Gasolina tipo C-Premiumcombustível disponível no mercado. É preparado pelas companhias distribuidoras com a adição de álcool etílico anidro à gasolina do tipo A-Premium. Este combustível foi desenvolvido com o objetivo de atender a veículos nacionais e importados com altas taxas de compressão e alto desempenho.

-GASOLINA ADITIVADA: As companhias distribuidoras adicionam a uma parte da gasolina do tipo A, comum ou Premium, além do álcool etílico, produtos (aditivos) que conferem à gasolina características especiais.

-GASOLINA ADITIVADA: O aditivo multifuncional adicionado na gasolina possui, entre outras, características detergentes e dispersantes e tem a finalidade de melhorar o desempenho do produto.

-GASOLINA PADRÃO: É uma gasolina especialmente produzida para uso na indústria automobilística nos ensaios de avaliação do consumo e das emissões de poluentes como gases de escapamento e hidrocarbonetos (emissões evaporativas), dos veículos por ela produzidos.

-GASOLINA ADULTERADA: Gasolina adulterada é caracterizada pela adição irregular de qualquer substância, sem recolhimento de impostos, com vistas à obtenção de lucro. Ela recebe elementos que a diferenciam da gasolina comum, como dioxido de enxofre e solventes.


*** NÚMERO DE OCTANO (OCTANAGEM) ***
A qualidade da gasolina é constantemente avaliada levando-se em conta a sua octanagem ou o seu índice antidetonante (IAD). A octanagem de uma gasolina indica sua resistência a detonação, em comparação com uma mistura contendo iso-octano (ao qual é creditado um numero de octano igual a 100) presente em uma mistura com n-heptano (numero de octano igual a zero). Exemplificando, uma gasolina terá uma octanagem igual a 80 se, durante o teste, apresentar a mesma resistência à detonação apresentada por uma mistura que contém 80% em volume de iso-octano e 20% em volume de n-heptano.


º_º VOCÊ SABIA?

@Em relação ao Brasil, a gasolina esta 60% mais barata nas refinarias americanas.

@A gasolina pode ser uma mistura de mais de 350 compostos químicos diferentes.

@O uso de aditivos a base de chumbo foi extinto desde 1992, pois o produto, além de tóxico, envenena os conversores catalíticos das tubulações de descarga dos veículos, usados para redução da emissão de gases poluentes.

@A capacidade média de estocagem de um tanque de gasolina da REFAP equivale a 12 milhões de litros, ou seja, 240 mil tanques de veículos.

@a gasolina aditivada BR-SUPRA apresenta cor verde.

@Saúde e Segurança
· Segurança: Risco de incêndio.
· Saúde: É irritante para a pele, olhos e membranas mucosas das vias respiratórias superiores. A inalação dos vapores é prejudicial à saúde.
· Primeiros-socorros: Remover a vítima para local arejado. Lavar os olhos e outras partes atingidas com bastante água. Retirar a roupa e sapatos impregnados com o produto.
· Precauções: Ventilação dos locais de trabalho e uso de equipamentos de segurança.


@Meio Ambiente
· Ar: Provoca cheiro característico e desagradável.
· Água: Altamente prejudicial para a vida aquática. Em contato com a água, prejudica a sua potabilidade, impossibilitando o uso.
· Solo: Pode afetar o solo e, por percolação, degradar a qualidade das águas subterrâneas.






















terça-feira, 3 de agosto de 2010

Metano

Gás metano






O metano é uma gás incolor e inodoro, de pouca solubilidade na água e, quando adicionado ao ar se transforma em mistura de alto teor inflamável. É o mais simples dos hidrocarbonetos(CH4).


Fontes de gás metano


O gás metano é encontrado principalmente nas:


* Emanação através de vulcões de lama e falhas geológicas;
* Decomposição de resíduos orgânicos;
* Fontes naturais(como por exemplo pântanos);
* Extração de combustíveis minerais;
* Processo de digestão de animais herbívoros;
* Bactérias
* Aquecimento ou combustão de biomassa anaeróbica.

O metano encontra-se como componente principal nas exalações naturais de regiões petrolíferas, existindo também contido em cavidades nos extratos de jazidas de carvão mineral.
Cerca de 60% das emissões de gás metano no mundo é produto da ação humana, vindo principalmente da agricultura e pecuária.


O metano na Terra
O metano na Terra é um gás primordial de altissima estabilidade termodinâmica, tipicamente encontrada na terra, em depósitos de hidrocarbonetos(petróleo), em hidratos de gás abaixo do fundo marinho ou sob as geleiras, nas emissões de vulcões de lama, neste ultimo caso, por vezes acompanhado de gás hélio, nitrogênio, betume e salmouras ricas em iodo e bromo.



Peido tem gás metano ?


Eis a questão...
Existe uma pequena parcela de gás metano no peido humano, mas não é capaz de pegar fogo.





























sábado, 31 de julho de 2010


ALCADIENO
São hidrocarbonetos de cadeia aberta, insaturados por duas ligações covalentes duplas (=) entre carbonos.
- onde n é o número de carbonos
ÓLEOS ESSENCIAIS
A composição química dos componentes dos óleos essenciais
é determinada basicamente por dois fatores: o método de ext
ração e a biossíntese das moléculas constituintes da planta.
Os Óleos Essenciais são altamente concentrados, e apesar de serem chamados de óleos, não apresentam nenhuma gordurosa.

A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA
A indústria petroquímica é uma subdivisão de indústria química. Ela utiliza a nafta (derivado do petróleo, ab
tido através do refino) ou gás natural, como matéria-prima básica.
A partir de processos sofisticados, as moléculas originais dos hidrocarbonetos, existentes no petróleo ou gás, são quebradas , recombinadas ou modificadas, dando origem a uma série de produtos, que, por sua vez, serão ''a base química'' de outras indústrias.

O processo da maquete :
Apresentação do grupo :











quinta-feira, 29 de julho de 2010

Alcino e Cicloalcano

Alcinos


São hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma tripla ligação. Sua fórmula geral é CnH2n-2 . Um composto que se deriva do hidrocarboneto Alcino :




  • Etino

É um gás incolor, de odor desagradável que se liquefaz à temperatura de -83 °C e solidifica a -85 °C. É muito instável sob pequenas compressões se decompõe com muita facilidade liberando energia. É armazenado em cilindros de aço, sob pressão, dissolvido em acetona.


APLICAÇÕES

Devido a sua queima extremamente exotérmica, é usado em larga escala na solda autogênica, no corte de metais por maçarico, na fabricação de objetos de vidro e em diversos processos que requeiram altas temperaturas. No maçarico oxiacetilênico obtem-se temperaturas de 2500 a 3000°C. É usado em grande escala na fabricação de borrachas sintéticas, plásticos como, o PVC e PVA, e ainda de fios têxteis para a produção de tecidos.




Cicloalcano

São hidrocarbonetos cíclicos que possuem pelo menos uma cadeia carbônica fechada. Na indústria do petróleo, eles são chamados de hidrocarbonetos naftênicos.
Sua fórmula geral é CnH2n.

APLICAÇÕES
É usado como solvente e removedor de tintas e vernizes, além de servir como ponto de partida para a fabricação de produtos industriais importantes, como o náilon.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Carvão

Existem dois tipos de carvão: o mineral e o vegetal. O vegetal é obtido a partir da carbonização da lenha. O mineral é formado a partir de material vegetal que se acumulou no fundo do pântano há milhões de anos. Esta vegetação se decompôs em turfa; à medida que o terreno se sedimentou, a turfa foi coberta por lama e areias, que se transformou no xisto e no arenito encontrados nos topos dos veios de carvão atuais. A turfa foi compactada por pressões geológicas, transformando-se gradualmente em veios de carvão. O carvão mineral é o mais utilizado tanto por ter maior disponibilidade das reservas quanto ter maior poder calorífico. A principal utilização do carvão mineral é a geração de energia elétrica por meio de usinas termelétricas. Em segundo vem a utilização nas indústrias para a geração de calor. Um desdobramento natural dessa atividade é a co-geração ou utilização do vapor aplicado no processo industrial também para a produção de energia elétrica. O carvão é a fonte mais utilizada para a geração de energia elétrica no mundo, respondendo por 41% da produção total. Nesse carvão o poder calorífico e a incidência de impurezas variam, dividindo o carvão em duas categorias com quatro tipos de carvão:

- Baixa qualidade:
· O lignito ou linhito são os mais jovens e possuem alto teor de água e baixo poder calorífico.
· O sub-betuminoso possui elevado teor de água( menor que o dos lignitos), mas baixa quantidade de enxofre.
- Alta qualidade:
· O betuminoso possui um elevado valor calorífico, mas possui um alto teor de enxofre.
· O antracito possui grande valor calorífico e não apresenta poeira ou fuligem, e queima durante mais tempo do que os outros tipos de carvão.
O processo de produção de energia elétrica a partir do carvão se da seguinte maneira: o carvão é extraído do solo, fragmentado e armazenado em silos para, posteriormente, ser transportado à usina, onde será armazenado. Em seguida, é transformado em pó, o que permitirá melhor aproveitamento térmico ao ser colocado para queima nas fornalhas de caldeiras. O calor liberado por esta queima é transformado em vapor ao ser transferido para a água que circulam nos tubos que envolvem a fornalha. A energia térmica(ou calor) contida no vapor é transformada em energia mecânica(ou cinética), que movimentará a turbina do gerador de energia elétrica. O processo de co-geração é similar, porém o vapor, além de gerar energia elétrica, é utilizado no processo industrial.
A extração do carvão pode ser a céu aberto ou pode ser subterrânea. O uso de uma ou outra depende da profundidade e do tipo de solo sob qual o minério se encontra. Se a camada que recobre o carvão é estreita ou não é apropriado à perfuração a opção e a mineração a céu aberto. Se o mineral estiver em camadas mais profundas ou se apresenta como veios de rocha, há a necessidade da construção de túneis.
O transporte é a atividade mais complexa e dispendiosa da cadeia produtiva do carvão. Além disso apenas os tipos de carvão com baixo teor calorífico são transferidos de um local para outro. Os demais são utilizados nas proximidades do local de mineração, pois e mais eficiente investir em linhas de transmissão de eletricidade do que no transporte.
O carvão é o combustível fóssil com maior disponibilidade no mundo. Ao contrario de outros combustíveis fósseis, ele não esta concentrado em poucas regiões.
O carvão é uma das formas de produção de energia mais agressivas ao meio ambiente. Ele é o responsável por entre 30% e 35% do total de emissões de CO2. Suas jazidas interferem na vida da população, nos recursos hídricos, na flora e fauna locais.
Atualmente, foram desenvolvidas rotas de tecnologias limpas que são a combustão pulverizada supercrítica, a combustão em leito fluidizado e a gaseificação integrada a ciclo combinado. Na combustão pulverizada supercrítica, o carvão é queimado como partículas pulverizadas, o que aumenta substancialmente a eficiência da combustão e conversão. O processo de combustão em leito fluidizado permite a redução de enxofre (até 90%) e de nitrogênio (70%-80%), pelo emprego de partículas calcárias e de temperaturas inferiores ao processo convencional de pulverização. Já a gaseificação integrada a ciclo combinado consiste na reação do carvão com vapor de alta temperatura e um oxidante (processo de gaseificação), o que dá origem a um gás combustível sintético de médio poder calorífico. Esse gás pode ser queimado em turbinas a gás e recuperado por meio de uma turbina a vapor (ciclo combinado), o que possibilita a remoção de cerca de 95% do enxofre e a captura de 90% do nitrogênio.




quinta-feira, 8 de julho de 2010

Indústrias petroquímicas

A indústria petroquímica é uma subdivisão da indústria química. Ela utiliza a nafta (derivado do petróleo, obtido através do refino) ou gás natural, como matéria-prima básica.
A Indústria Petroquímica de bases parte da nafta, através de uma serie de processos químicos, produz um grande numero de compostos orgânicos de estrutura simples _ acenos, dienos, aromáticos e outros; que são, a seguir, utilizados pelas indústrias de transformação, na obtenção de produtos orgânicos de largo uso industrial como plásticos, borrachas, corantes e outros.
A partir de processos sofisticados, as moléculas originais dos hidrocarbonetos, existentes no petróleo ou gás são quebrados, recombinadas ou modificadas, dando origem a uma série de produtos, que, por sua vez, serão “a base química” de outras indústrias – calçadista, de tecidos, plásticos, pneus, tintas, alimentos,embalagensetc.

Uma fonte importante de compostos orgânicos é o carvão de pedra ou hulha.
A indústriapetroquímicaé, internacionalmente, uma atividade caracterizada por grandes empresas e grandes unidades produtivas.
A indústria química foi obrigada a se valer também do petróleo na produção dos compostos aromáticos mais simples.
Na pratica, a indústria petroquímica tornou-se mais desenvolvida que a carbonífera simplesmente porque o petróleo é fonte mais abundante de compostos químicos que o carvão mineral
Alguns produtos podem ser obtidos tanto através de processos petroquímicos quanto a partir de outras matérias-primas, que não e o gás natural e o petróleo, a exemplo do polietileno, cuja base é o carvão vegetal ou álcool. Além disso, muitas empresas que fabricam produtos químicos, também
Fabricam petroquímicos, o que dificultaa obtenção de dados separados de uma ou outra indústria
E de seus produtos finais.
São três os estágios, ou gerações, da atividade petroquímica




as indústrias de 1ª geração, petroquímica básica (Copesul, União eBraskem), são responsáveis pela produção dos insumos principais: eteno, propeno, butadieno etc.;
2) As indústrias de 2ª geração que transformam os produtos básicos, através de processos de purificação e adição de outros materiais em produtos petroquímicos finais, a exemplo do polipropileno, polivinicloreto, poliésteres etc.;
3) e as indústrias de 3ª geração, onde os produtos resultantes da indústria de 2ª geração são quimicamente ou fisicamente modificados, dando origem a produtos de consumo
A indústria petroquímica é, internacionalmente, uma atividade caracterizada
por grandes empresas e grandes unidades produtivas. Surgiu na década de 1920, nos Estados Unidos, como resultado de pesquisas que visavam à transformação de produtos naturais.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

 
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